Escolarização
de Pessoas com Surdez[1]
-
Atendimento Educacional Especializado –
Maria de Jesus Lima
Rodrigues[2]
Apresentamos
aqui algumas considerações sobre a
educação escolar de pessoas com surdez, rompendo com o retrocesso gestualista e os oralista, no contexto do
pensamento pós-moderno. Nesta interpretação apresentamos a Educação Especial na
perspectiva inclusiva que oferta o Atendimento Educacional Especializado - AEE,
nas escolas comuns como complementação ao ensino regular da sala aula. Uma nova
oportunidade para a pessoa com surdez.
O
debate entre gestualistas e oralistas, a séculos vem ocupando lugar de destaque quando
se discute sobre a educação de pessoas com surdez. Segundo, Damázio e Ferreira
(2010, p. 47):
[...] Enquanto as discussões ficam centradas
na aceitação de uma língua ou de outra, as pessoas com surdez não têm o seu
potencial individual e coletivo desenvolvido, ficam secundarizadas e
descontextualizadas das relações sociais
das quais fazem parte, sendo relegadas a uma
condição excludente ou a uma minoria.
A politica vigente de Educação
Especial na perspectiva inclusiva, especialmente para a pessoa com surdez, na
afirmação de Damázio e Ferreira (2010, p.47), “[...] tem se tornando promissora
no ambiente escolar e nas práticas sociais/institucionais”. No entanto, no espaço escolar muitas questões precisam ser
discutidas e revistas para que, efetivamente as práticas de ensino e
aprendizagem nas escolas sejam mais produtivas e eficientes, e dê o real apoio
que o aluno com surdez necessita.
As
pessoas com ou sem deficiência, antes de tudo são humanas, e nós humanos afirma Damázio e Ferreira (2010, p.47), “[...]
sempre nós igualamos na convivência, na experiência, nas relações, enfim, nas
interações, por sermos humanos”. Rejeitar a nova política de Educação Especial, na perspectiva inclusiva,
é aceitar a separação da pessoa com surdez das pessoas ouvintes.
Para Damázio e Ferreira (2010, p.
48):
[...] O problema da
educação das pessoas com surdez não pode continuar sendo centrado nessa ou
naquela língua, como ficou até agora, mas deve levar-nos a compreender que o
foco do fracasso escolar não está só nessa questão, mas também na qualidade e
na eficiência das práticas pedagógicas.
É
necessário desenvolver em todos os espaços de aprendizagem ações que estimulem a interação e comunicação, onde as
línguas tenham seu lugar de destaque, mas que não sejam o centro do processo, o
foco deve estar no desafio do pensamento
e no desenvolvimento das potencialidades das pessoas. Compreendendo assim, a
pessoa com surdez, à luz do pensamento pós-moderno
Atendimento
Educacional Especializado – AEE
Visando
o pleno desenvolvimento da Pessoa com surdez (doravante PS), o AEE na
perspectiva inclusiva, tem como ponto de
partida a valorização e o reconhecimento da capacidade de aprender a aprender.
Acreditando no seu potencial, na sua plena capacidade de desenvolvimento.
Respeitando as diferenças e o direito de uma educação bilíngue. Segundo Damázio
e Ferreira (2010, p. 53):
Para efetivar o cotidiano escolar do AEE PS,
aplicamos a metodologia vivencial, que leva o aluno a aprender a aprender. Essa
metodologia é compreendida como um caminho percorrido pelo professor, para
favorecer as condições essenciais de aprendizagem do aluno com surdez, numa
abordagem bilíngue.
Apresentamos
aqui os três momentos didáticos-pedagógicos sugeridos por Damázio e Ferreiro
(2010, p. 59), que são:
·
Atendimento
Educacional Especializado EM LIBRAS;
·
Atendimento Educacional Especializado para o ENSINO
DE LÍNGUA PORTUGUESA.
·
Atendimento Educacional Especializado para o ENSINO
DE LIBRAS.
Portanto, novas praticas
pedagógicas nas escolas brasileiras, são fundamentais para a real inclusão das pessoas com surdez no mundo do
conhecimento, do trabalho e dos bens culturas. Direito de todos.
Referencias
DAMÁZIO, M. F. M.; FERREIRA, J.. Educação Escolar de Pessoas com
Surdez-Atendimento Educacional Especializado em Construção. Revista
Inclusão: Brasília: MEC, V.5, 2010. p.46-57.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ. Biblioteca
Universitária Comissão de Normatização. Guia Acadêmico de Universidade Federal
do Ceará. Fortaleza, 2013. 173 p.
[1] Texto publicado no blog AEE Tecnologia
na Educação, março de 2014. Site:
[2] Maria de Jesus Lima
Rodrigues,. Licenciada em Normal Superior, pela Fundação Universidade do
Tocantins - UNITINS. Especialista em
Gestão Educacional e Metodologia do Ensino de Ciências Humanas –
História e Geografia, pela Sociedade de Educação Continuada – EDUCON. Especialista
em Mídias na Educação pela Universidade Federal do Tocantins UFT/TO. E-mail: jusjus62@gmail.com.
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