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sábado, 8 de março de 2014

Escolarização de Pessoas com Surdez (5ª Semana. Atividade 5)

Escolarização de  Pessoas com Surdez[1]
- Atendimento Educacional Especializado –

Maria de Jesus Lima Rodrigues[2]

                Apresentamos aqui  algumas considerações sobre a educação escolar de pessoas com surdez, rompendo com o retrocesso  gestualista e os oralista, no contexto do pensamento pós-moderno. Nesta interpretação apresentamos a Educação Especial na perspectiva inclusiva que oferta o Atendimento Educacional Especializado - AEE, nas escolas comuns como complementação ao ensino regular da sala aula. Uma nova oportunidade para a pessoa com surdez.
                        O debate entre gestualistas  e oralistas,  a séculos vem ocupando lugar de destaque quando se discute sobre a educação de pessoas com surdez. Segundo, Damázio e Ferreira (2010, p. 47):

[...] Enquanto as discussões ficam centradas na aceitação de uma língua ou de outra, as pessoas com surdez não têm o seu potencial individual e coletivo desenvolvido, ficam secundarizadas e descontextualizadas das relações  sociais das quais fazem parte, sendo relegadas a uma  condição excludente ou a uma minoria.


                   A politica vigente de Educação Especial na perspectiva inclusiva, especialmente para a pessoa com surdez, na afirmação de Damázio e Ferreira (2010, p.47), “[...] tem se tornando promissora no ambiente escolar e nas práticas sociais/institucionais”. No entanto, no  espaço escolar muitas questões precisam ser discutidas e revistas para que, efetivamente as práticas de ensino e aprendizagem nas escolas sejam mais produtivas e eficientes, e dê o real apoio que o aluno com surdez necessita.
                   As pessoas com ou sem deficiência, antes de tudo são humanas, e nós humanos  afirma Damázio e Ferreira (2010, p.47), “[...] sempre nós igualamos na convivência, na experiência, nas relações, enfim, nas interações, por sermos humanos”. Rejeitar a nova política  de Educação Especial, na perspectiva inclusiva, é aceitar a separação da pessoa com surdez das pessoas ouvintes.
                         Para Damázio e Ferreira (2010, p. 48):

 [...] O problema da educação das pessoas com surdez não pode continuar sendo centrado nessa ou naquela língua, como ficou até agora, mas deve levar-nos a compreender que o foco do fracasso escolar não está só nessa questão, mas também na qualidade e na eficiência das práticas pedagógicas.

                        É necessário desenvolver em todos os espaços de aprendizagem ações que  estimulem a interação e comunicação, onde as línguas tenham seu lugar de destaque, mas que não sejam o centro do processo, o foco deve estar  no desafio do pensamento e no desenvolvimento das potencialidades das pessoas. Compreendendo assim, a pessoa com surdez, à luz do pensamento pós-moderno

                        Atendimento Educacional Especializado – AEE

                        Visando o pleno desenvolvimento da Pessoa com surdez (doravante PS), o AEE na perspectiva  inclusiva, tem como ponto de partida a valorização e o reconhecimento da capacidade de aprender a aprender. Acreditando no seu potencial, na sua plena capacidade de desenvolvimento. Respeitando as diferenças e o direito de uma educação bilíngue. Segundo Damázio e Ferreira (2010, p. 53):

Para efetivar o cotidiano escolar do AEE PS, aplicamos a metodologia vivencial, que leva o aluno a aprender a aprender. Essa metodologia é compreendida como um caminho percorrido pelo professor, para favorecer as condições essenciais de aprendizagem do aluno com surdez, numa abordagem bilíngue.


                        Apresentamos aqui os três momentos didáticos-pedagógicos sugeridos por Damázio e Ferreiro (2010, p. 59), que são:

·         Atendimento Educacional Especializado EM LIBRAS;
·          Atendimento Educacional Especializado para o ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA.
·          Atendimento Educacional Especializado para o ENSINO DE LIBRAS.

                        Portanto, novas praticas pedagógicas nas escolas brasileiras, são fundamentais para a real inclusão  das pessoas com surdez no mundo do conhecimento, do trabalho e dos bens culturas. Direito de todos.

Referencias

DAMÁZIO, M. F. M.; FERREIRA, J.. Educação Escolar de Pessoas com Surdez-Atendimento Educacional Especializado em Construção. Revista Inclusão: Brasília: MEC, V.5, 2010. p.46-57.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ. Biblioteca Universitária Comissão de Normatização. Guia Acadêmico de Universidade Federal do Ceará. Fortaleza, 2013. 173 p.




[1] Texto publicado no blog AEE Tecnologia na Educação, março de 2014. Site:
[2] Maria de Jesus Lima Rodrigues,. Licenciada em Normal Superior, pela Fundação Universidade do Tocantins - UNITINS. Especialista em  Gestão Educacional e Metodologia do Ensino de Ciências Humanas – História e Geografia, pela Sociedade de Educação Continuada – EDUCON. Especialista em Mídias na Educação pela Universidade Federal do Tocantins UFT/TO. E-mail: jusjus62@gmail.com.





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